Tião Gomes, Lindolfo Pires, Branco Mendes e Edmilson Soares têm contas bloqueadas em R$ 320 mil pelo Superior Tribunal de Justiça

Uma decisão do ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o sequestro e bloqueio de bens dos investigados na Operação Livro Aberto. Os deputados estaduais Tião Gomes, Lindolfo Pires e Branco Mendes tiveram o valor de R$ 320 mil bloqueados de suas contas. O mesmo valor também foi bloqueado das contas do ex-deputado Edmilson Soares.
Atualmente, o deputado Tião Gomes postula uma vaga como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). De acordo com juristas consultados o bloqueio determinado pelo STJ inviabiliza tecnicamente qualquer pretensão de disputa de Tião, considerando que para integrar o TCE-PB existe a necessidade de uma conduta ilibada.
Já o bloqueio dos bens do conselheiro do TCE-PB Arthur Paredes Cunha Lima foi determinado no valor de R$ 1 milhão. O mesmo valor foi bloqueado para o ex-deputado Arthur Paredes Cunha Lima Filho. Atualmente Arthur está afastado das funções no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) desde o início das investigações.
A decisão do ministro Francisco Falcão, do STJ, foi tomada ainda no mês de abril. Na época, durante a deflagração da operação e cumprimento dos mandados, os investigados tiveram ciência sobre o bloqueio dos seus bens. Porém, como o processo tramita em segredo de justiça, não havia sido divulgada a informação sobre os valores bloqueados.
De acordo com informações, o contrato investigado como fraudulento tem valor aproximado de R$ 13,3 milhões. O Governo do Estado da Paraíba formalizou contrato, por meio da Secretaria de Educação, para aquisição de livros didáticos. Na época foram adquiridas as coleções de livros “Conceito Sem Preconceito” e “História do Brasil Afro-Indígena”.
Deflagrada em junho de 2024, a Operação Livro Aberto investiga a existência de fraudes em licitações para compra de material didático no ano de 2018, último ano de gestão do ex-governador Ricardo Coutinho.
Confira os valores dos bloqueios, segundo documento:
Arthur Paredes Cunha Lima – R$ 1.000.000,00
Arthur Paredes Cunha Lima Filho – R$ 1.000.000,00
Edmilson de Araújo Soares – R$ 320.000,00
Ataíde Mendes Pedrosa – R$ 320.000,00
Lindolfo Pires Neto – R$ 320.000,00
Sebastião Tião Gomes Pereira – R$ 320.000,00
Bagaço Design LTDA – R$ 4.913.751,31
Antônio Arnaldo Afonso Ferreira – R$ 4.913.751,31
M2A Consultoria e Projetos Educacionais – R$ 4.913.751,31
Marcos Fernando Nunes – R$ 2.562.955,00
Promoseg Serviços de Segurança Eletrônica – R$ 874.725,00
Diego Henrique Mendes de Souza – R$ 874.725,00
Jean Carlos de Souza Araújo – R$ 874.725,00
Dr. Serviços Terceirizados de Apoio Administrativo – R$ 400.200,00
Danielli Ramos dos Santos – R$ 400.200,00
Limpserv Terceirização em Serviços de Limpeza – R$ 300.104,59
Diego Ramos dos Santos – R$ 300.104,59
Empresa Paraibana de Assessoria Gestão e Assistência – R$ 298.850,00
Valdi Pereira Durand – R$ 298.850,00
Optimus Segurança Privada – R$ 204.900,00
Danielli Ramos dos Santos – R$ 204.900,00
Diego Ramos dos Santos – R$ 204.900,00
Boa Sorte Loteria – R$ 300.000,00
Daniel Dalônio Vilar Filho – R$ 300.000,00
Danielle Furtado Fialho Cândido Vilar – R$ 300.000,00
Loteria Mariz Prata – R$ 750.000,00
Fabiana Patrícia da Silva Mariz – R$ 750.000,00
Laudemy Tertuliano dos Santos Oliveira – R$ 750.000,00
O Blog do jornalista Hamilton Silva, deixa o espaço aberto caso todos os citados na referida matéria ou suas assessorias jurídicas, queiram se pronunciarem sobre os fatos.
Fonte: Click PB
Foto: imagem da internet