Papa Francisco morre aos 88 anos no Vaticano
Primeiro pontífice latino-americano, Francisco enfrentava problemas respiratórios e deixa legado de renovação e empatia na Igreja Católica

O papa Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos, na Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano, em Roma. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell. O pontífice enfrentava sérios problemas respiratórios e estava internado há cerca de 40 dias após um quadro de pneumonia dupla. Apesar da condição, ele ainda participou de aparições públicas na Basílica de São Pedro e na Praça de São Pedro durante o fim de semana de Páscoa.
Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, no dia 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história, eleito em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI. Filho de imigrantes italianos, formou-se em química antes de seguir a vida sacerdotal aos 20 anos. Foi ordenado padre em 1969, tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 1998 e cardeal em 2001, nomeado por João Paulo II.
Reconhecido por sua postura progressista, Francisco buscou modernizar a Igreja, enfrentando escândalos de abuso sexual e promovendo debates mais inclusivos. Em 2023, reuniu-se com vítimas de abusos em Portugal e, em 2025, aprovou diretrizes para permitir a entrada de homens gays em seminários, desde que vivessem em castidade.
Com histórico de saúde frágil desde a juventude, incluindo a remoção de parte de um pulmão, Francisco conviveu com crises respiratórias e dores no joelho, que o levaram ao uso de cadeiras de rodas. Sua saúde se agravou em fevereiro de 2025, quando precisou ser internado novamente e se afastar das atividades papais.
Francisco deixa um legado de simplicidade, diálogo e transformação na Igreja Católica. Seu pontificado será lembrado pela busca por justiça social, acolhimento e reforma institucional.