O embate entre Aguinaldo e Efraim pelo controle da federação do Progressistas com o União Brasil

Pelo que circula em alguns círculos de Brasília, diante da iminente fusão, via federação, do Progressistas com o União Brasil, estaria ocorrendo uma queda-de-braço, por enquanto ainda nos bastidores, entre o deputado Aguinaldo Ribeiro e o senador Efraim Filho. Pelo controle da futura federação na Paraíba, meu caro Paiakan..
O caso tem um interesse direto para as eleições de 2026, porque, se um lado, o Progressistas de Aguinaldo integra a base do governador João Azevedo e deve compor uma chapa majoritária, inclusive com a possibilidade do vice Lucas RIbeiro assumir o Governo, de outro lado, Efraim está em campanha para ser candidato de oposição.
Como a futura federação não poderia ter um candidato de oposição e outro com o pé na base governista, alguém terá que assumir o comando e decidir para que lado o agrupamento deve seguir. É aí que se trava o embate entre Aguinaldo e Efraim, desde que a federação foi confirmada pelo senador do Progressistas Ciro Nogueira (PI).
Aguinaldo alega que seu partido tem dois deputados, ele próprio e Mersinho Lucena, portanto teria, a seu ver, primazia de assumir o comando estadual. O União tem apenas Damião Feliciano. Efraim rebate, afirmando que o cargo de senador tem mais peso e, portanto, seria mais decisivo para definir o próprio presidente. Eis o impasse.
Mas, e se a senadora Daniella Ribeiro ingressar no Progressistas? Nesse caso, o partido passaria a ter dois deputados federais e uma senadora. Desequilibraria o jogo. É nesse cenário que o senador Efraim ficaria em dificuldades. E assim, como já se especulou, só restaria uma alternativa, que seria migrar para outra legenda.
E uma das legendas especuladas seria, exatamente, o PSD que, recentemente, perdeu a senadora Daniella, e poderia recuperar o tamanho da bancada com a filiação de Efraim. Além do mais, o partido já comporta o ex-senador Cássio e ex-deputado Pedro Cunha Lima, que estabeleceram o partido como uma trincheira da oposição.
Daí, meu caro Paiakan, espera-se que muita água passe por debaixo da ponte, até que se estabilizem os ânimos com as devidas acomodações políticas.
Fonte: Blog Helder Moura