Campina Grande

Dia da mentira: crianças da Rede Municipal de Ensino aprendem sobre combate à fake news com ação realizada por estudantes de jornalismo

Ação foi desenvolvida para estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental da Municipal Escola Félix Araújo, em parceria com a UEPB.

Estudantes da Rede Municipal de Educação de Campina Grande participaram na manhã desta terça-feira, 1º de abril, dia da mentira, de uma atividade sobre desinformação desenvolvida por estudantes de jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O foco da ação fez parte do projeto de Educação Midiática a partir da disciplina de Laboratório Digital de Jornalismo e foi realizado na Escola Municipal Félix Araújo. Em uma das turmas, uma peça ilustrando um telefone sem fio entre personagens bichos apresentou de forma lúdica sobre como acontece a propagação de fake news.

A estudante do 3º ano, Larissa Manoela Fernandes de Almeida, amou a historinha e aprendeu que uma mentira repassada como notícia pode impactar a vida de alguém. “A professora brincou com a gente de telefone sem fio, e contou uma historinha muito legal sobre o coala e a coruja. E foi muito legal, eu gostei muito. No final, todo mundo falou errado. Saiu uma coisa e no final saiu outra. Então veio a mentira, não veio a verdade. Eu aprendi que a mentira deixa uma pessoa muito triste e a gente se prejudica”, contou a pequena.

Na fábula contada às crianças, todos os bichos da floresta estão envolvidos na propagação da desinformação, como explicou a estudante de jornalismo, Sara Alcântara. “A gente trouxe basicamente uma historinha sobre a desinformação, que retratou o aventureiro Billy – que sonha em ser astronauta e que quer conhecer novas aventuras. Então ele ficou sabendo através da senhora Raposa e do senhor Coelho que através do arco-íris, lá no final, teria um portal para outro mundo que ele poderia explorar novas aventuras. Ele passou a desinformação para os outros moradores da floresta e acabou que no final era tudo mentira. Era apenas mais uma mentira inventada pelo senhor Coelho e a dona Raposa”, descreveu.

De acordo com o professor do Ensino Fundamental, João Ademar, que trabalha Cultura Digital em sala de aula, as crianças serão multiplicadoras do aprendizado adquirido hoje. “O componente de Cultura Digital não é só voltado para o letramento digital. Existe um espaço dentro desse componente que se chama educação midiática, que perpassa justamente todos esses atributos de entender os componentes de uso seguro da internet. E isso vai desde as senhas à privacidade e fake news. A gente sonha que eles sejam não só crianças que vão aprender o assunto, mas acima de tudo, sejam reprodutores desse assunto nas suas casas, porque atingir a criançada é muito fácil. O bom é que eles vão levar isso para os adultos, para os idosos e para as famílias e, de certa forma, podem ser o canal para que diminua essa incidência de serem vítimas”, disse o professor.

Para a professora de jornalismo, Verônica Oliveira, o trabalho teve por objetivo estimular o pensamento crítico e analítico nas crianças. “O objetivo foi levar para as crianças, de uma maneira lúdica e criativa, conceitos sobre desinformação. O dia primeiro de abril foi até escolhido de forma intencional, por ser considerado tradicionalmente o dia da mentira. Então a gente tentou fazer essa ligação, do dia da mentira com a desinformação, para que as crianças recebam as informações de uma forma mais crítica. Os estudantes de jornalismo criaram atividades e um discurso propício para cada idade. Então para as crianças menorzinhas têm historinha, têm cartaz, têm bichinhos e nas turmas do 4º e 5º anos foram desenvolvidas palestras. As crianças têm acesso às notícias, porque a notícia se espalha hoje de forma muito rápida. E acredito que crianças, adolescentes, que têm acesso a esses conteúdos, assim como as famílias, acabam sendo também multiplicadores dessas informações”, ressaltou Verônica.

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