Paraíba

Análise: a reação de João Azevedo para não ser ‘engolido’ pelos próprios aliados

O PSB deu início este final de semana a um forte processo de reestruturação partidária na Paraíba, a partir da realização da convenção em João Pessoa, neste sábado (29).

O evento marcou o começo de um profundo processo de mudanças por parte do governador João Azevêdo e de seu grupo político mais próximo. Além da Capital, o PSB também vai renovar o comando do diretório em Campina Grande e em outros municípios, bem como, na sua direção estadual.

O partido deixará de ser comandado na Paraíba pelo deputado federal Gervásio Maia, para ser liderado oficialmente pelo próprio governador.

Esse movimento demonstra claramente que Azevêdo já percebeu a necessidade de se reposicionar perante o cenário estadual que se avizinha, para fazer frente ao poderio de aliados, estrategicamente já organizados.

Ficando no cargo e lançando um sucessor ou mesmo renunciando ao mandato para ser candidato ao Senado Federal, João precisará ter uma base de aliados minimamente fiéis, que lhe possa servir de retaguarda em qualquer uma dessas incursões.

Ao longo dos últimos anos, especialmente nas eleições de 2024, o governador viu o crescimento exponencial de partidos aliados, principalmente do Republicanos, legenda que hoje se considera o maior partido da Paraíba.

É verdade que o PSB detém a maior quantidade de prefeitos filiados, mas quando se trata de deputados estaduais e federais, o Republicanos sai na dianteira. Até parlamentares filiados ao PSB são mais leais ao REP que ao próprio partido.

Além disso, parte dos prefeitos embora filiados ao PSB, desfrutam de relações muito mais próximas com as lideranças do Republicanos ou mesmo do Progressistas, outro gigante aliado do governo.

Tal realidade leva Azevêdo a um momento divisor na sua trajetória política e partidária: dar sua cara ao PSB e fazer desse partido o sustentáculo para suas aspirações em 2026.

Fonte: Blog do Max Silva

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